No geral, a atuação coletiva do Santos foi uma das mais inteligentes na temporada. Ciente das limitações e dos desfalques, o auxiliar Marcelo Fernandes merece méritos pelas variações táticas e substituições.
A principal mudança foi o posicionamento de Soteldo, que normalmente atua como ponta pela esquerda. Diante da LDU, o atacante foi centralizado, fazendo o papel de meia/segundo atacante. Jean Mota, por sua vez, foi passado para o lado esquerdo, para auxiliar Felipe Jonatan na marcação.
O início do primeiro tempo do Santos foi excelente. O time não sentiu a altitude e conseguiu abrir o placar antes dos 10 minutos, quando Soteldo, centralizado, recebeu assistência de Pará e foi frio para dominar e finalizar.
Depois do gol, porém, o Santos começou a ceder espaço para a LDU, principalmente pelo lado esquerdo da defesa, facilmente superado durante os 45 minutos iniciais.
E foi justamente no último lance do primeiro tempo que o Peixe cometeu um dos poucos erros graves na partida. Não se pode ceder um contra-ataque com o time cansado, na altitude, e ainda mais vencendo o jogo. Diego Pituca vacilou, e Jhojan Julio deixou tudo igual.
Pouco antes, Marcelo Fernandes havia fortalecido o setor com a entrada de Wagner Leonardo no lugar de Jean Mota. Com a alteração, Felipe Jonatan foi passado para a segunda linha, onde estava Jean, e Wagner Leonardo, zagueiro de origem, fez a lateral. Deu muito certo no segundo tempo.
A etapa final do Santos foi praticamente perfeita. O time cedeu pouquíssimo espaço para a LDU e sofreu bem menos que no primeiro tempo.
Gastou cada minuto que pôde, administrou o resultado e, na individualidade de Marinho, mais uma vez decisivo, garantiu a vitória com o gol de pênalti sofrido e convertido pelo próprio atacante.
Com o resultado, o Santos pode até perder (desde que seja por 1 a 0) que garante a vaga nas quartas de final da Libertadores. O jogo de volta é na próxima terça-feira, às 19h15 (de Brasília), na Vila Belmiro.
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