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60 DIAS PARADOS O FUTEBOL NO PARANÁ-PR ....
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Publicado em 16/05/2020

Por Rodrigo Saviani — Londrina

 

O Campeonato Paranaense completa dois meses de paralisação neste sábado, sem uma data definida para que a bola volte a rolar. O último mês de paralisação foi bastante movimentado nos bastidores, com apresentações de propostas de retorno, pressões internas e também decisões financeiras, com os clubes promovendo reduções salariais e demissões.

O mês de maio também ficou marcado pelo retorno dos treinos da maior parte dos clubes classificados para as quartas de final, porém com os jogadores realizando treino online. Apenas o Rio Branco-PR não retomou as atividades desta forma.

Nos últimos dias, o presidente da Federação Paranaense de Futebol (FPF), Hélio Cury, e o próprio secretário Beto Preto conversaram sobre um retorno gradativo das atividades. Na sexta-feira, o Coritiba apresentou ao secretário estadual de Saúde, Beto Preto, um protocolo para a retomada dos treinos presenciais. A cartilha serve de base para diversos times do Paraná e aborda diversas medidas de segurança que deverão ser adotadas.

A FPF e os clubes aguardam um parecer favorável da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) para o retorno dos treinos, como aconteceu no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. A volta do Campeonato Paranaense, porém, ainda não está em pauta neste momento.

Questionados sobre o assunto, os dirigentes dos times do interior ainda aguardam uma definição e não acreditam que o campeonato retornará antes de julho.

– Está muito controverso o assunto. Um dia você vê uma notícia que dá a entender que pode voltar mais rápido, outro dia não. A Federação está de férias coletivas até dia 5 de junho. Vão ter 20 dias de preparação, no mínimo. No melhor cenário, o Paranaense voltaria em julho – opinou Carlos Albuquerque, diretor de futebol do Operário-PR.

 

 

Cortes salariais

 

Por causa do impacto financeiro causado pelo novo coronavírus, Coritiba, Athletico, Londrina e Operário-PR fizeram reduções salariais para atletas, comissão técnica e funcionários.

No Coxa, o clube optou também por demissões, suspensão de contratos e paralisou todas as atividades das categorias de base. No Furacão, a redução atinge os atletas profissionais e comissão técnica, além dos funcionários que recebem mais de R$ 5 mil liquido. No Tubarão, a medida atinge todos os profissionais ligados à SM Sports, gestora do clube, com três funcionários sendo demitidos.

No Operário-PR, a negociação foi feita com cada jogador, com uma redução que possibilitaria o clube manter as contas em dia por seis meses, independentemente do período de paralisação por causa do coronavírus. A diretoria não informou qual a porcentagem reduzida. No caso dos funcionários, os com menores salários tiveram os contratos suspensos.

A redução salarial é feita através do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, do governo federal, que lançou a Medida Provisória 936, onde é possível reduzir em 25, 50, 75% do salário ou até suspender o contrato do profissional contratado.

 

Saídas e chegadas de jogadores

 

Os oito classificados às quartas de final acumulam mais de 20 saídas de jogadores desde a paralisação. O Cianorte, por exemplo, liberou nove. O Londrina, quatro. Só o Coritiba não perdeu ninguém por enquanto.

O Operário-PR teve três saídas, entre elas o atacante Bruno Batata. Por outro lado, o Fantasma anunciou a contratação do meia Thomaz, ex-São Paulo e que estava na Inter de Limeira. Ele foi apresentado usando máscara de proteção.

No Furacão, o meia Denner foi emprestado para a Chapecoense, e quatro jogadores deixaram o clube. Na última semana, o clube anunciou a contratação do atacante Walter, que volta ao Rubro-Negro com um contrato de três meses.

 

 

Londrina propõe sede única

 

Para a sequência da competição, o Londrina, através do presidente Felipe Prochet, encaminhou em abril à FPF uma sugestão para que as quartas, semi e final sejam realizadas em Curitiba como sede única, com portões fechados, com os jogos acontecendo no Couto Pereira, na Arena da Baixada, na Vila Capanema e no Janguito Malucelli.

No documento, o Londrina ainda sugere que fique, junto com Cianorte e Cascavel, hospedado em Curitiba, para que as partidas possam ser realizadas com intervalo de 66 horas, na quarta e na quinta-feira e no sábado e no domingo. Para que isso aconteça também ressalta que é necessário um protocolo de ação com autoridades sanitárias do estado e o aval da CBF.

O Paranaense foi paralisado após a última rodada da primeira fase, no dia 15 de março, já com determinação de portões fechados. Os confrontos das quartas de final estão definidos com: Paraná x Coritiba, Cianorte x Operário-PR, Londrina x Athletico e Rio Branco-PR x FC Cascavel.

O regulamento inicial previa jogos de ida e volta no mata-mata, mas ele pode ser modificado para se adequar ao calendário.

Os rebaixados (PSTC e União Beltrão) e os classificados para a Série D de 2021 (FC Cascavel, Cianorte e Rio Branco-PR) já estão definidos. Falta decidir quem será o campeão e quem será o classificado para a Copa do Brasil de 2021.

 

Fonte:https://globoesporte.globo.com/

 
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