Acredito que nem tenha discussão, mas concordo plenamente com o técnico Jair Ventura: o Santos fez, na última quinta-feira, contra o Nacional, do Uruguai, no Pacaembu, pela Libertadores, a melhor partida de 2018.
Como diz o título, o Peixe foi um time sufocante, que nem precisou ter 11 atletas em campo para dominar, esmagar, pressionar e não dar chances ao adversário uruguaio reagir.
Depois de quatro jogos sem vitórias (os dois últimos com equipes alternativas), o Peixe voltou a vencer. E melhor: convencer.
A estratégia do técnico Jair Ventura de poupar e trabalhar jogadas com os titulares nas últimas rodadas da fase de grupos do Campeonato Paulista deu mais certo que a encomenda. Alguns pontos valem ser ressaltados sobre o triunfo santista contra o Nacional:
- O Santos começou a "fase de decisões" com o pé direito. Venceu um adversário cascudo a adquiriu confiança para as próximas "finais";
- Sobre o time: atuação coletiva muito boa (à exceção de Gabigol, expulso no fim do primeiro tempo). A equipe se entendeu em campo, lutou até o fim e conquistou os três pontos na bola e na raça, mesmo com um a menos;
- Lucas Veríssimo e David Braz são os melhores zagueiros que Jair tem em mãos no momento. Desde o ano passado, os dois se consolidaram como titulares e fazem excelente parceria. Braz é o mais perseguido pela torcida, mas, dentro de campo, mostra o motivo da confiança do treinador. Partidaça do capitão;
- Alison é o melhor jogador do Santos em 2018. Além disso, está entre os melhores volantes do futebol brasileiro. A cada atuação, o camisa 5 mostra que é insubstituível no time de Jair Ventura. Está jogando demais. A evolução de Alison é nítida no segundo gol de Sasha. Ele deu lindo passe para o atacante definir a vitória do Peixe;
- Léo Cittadini é uma grata surpresa. O meia era pouco utilizado pelos últimos treinadores, mas caiu nas graças de Jair e desbancou a concorrência de Renato. Firmou-se entre os titulares merecidamente;
- Eduardo Sasha e Rodrygo não podem sair do time. Mais uma vez, a dupla foi decisiva. Velocidade, entrosamento e poder de decisão não faltam. Fizeram o que quiseram contra o Nacional;
- Gabigol é o destaque negativo. Foi expulso ainda no primeiro tempo e poderia ter complicado a vida do Santos. Sorte a dele que o time estava em uma noite inspirada.
- A vitória dá muita moral ao Peixe, que se mostrou um time que se entrega e evolui cada vez mais dentro de campo. Os próximos adversários que se cuidem.
- Fonte:https://globoesporte.globo.com