PUBLICIDADE
SEEDORF NO ATLÉTICO PR ?
Novidades
Publicado em 22/12/2017

De Matthäus a Seedorf: Atlético-PR aposta em craques que são técnicos iniciantes

Com chegada do holandês, ainda não oficializado, Furacão volta a jogar suas fichas em um jogador com nome no cenário mundial, mas inexperiente como treinador

á tratada como certa, a chegada de Seedorf ao Atlético-PR mostra uma coincidência com outra grande aposta do clube ocorrida há 11 anos: contratar um jogador com uma grande história no futebol e que ainda engatinha como técnico. O holandês chega ao Atlético-PR para ser manager do time com a experiência de cinco meses no Milan e seis meses no Shenzhen, da China, como treinador.

A aposta em 2006 foi em Lothar Matthäus, o capitão da seleção alemã campeã mundial de 1990, um dos jogadores mais expressivos do futebol alemão. Ele chegou com pompa e circunstância no Atlético-PR, contratado por um valor astrônomico para a época e para o clube de R$ 3 milhões. No entanto, tinha um franzino currículo como treinador e passagens pelo Rapid Wien, da Áustria, o Partizan, da Sérvia, e pela seleção húngara.

O efeito inicial de Matthäus no Atlético-PR foi positivo colocando o time em evidência e com repercussão internacional, mas o fim foi rápido e inesperado.

O alemão recebeu regalias da diretoria como escola para a enteada, dois carros e uma mansão em condomínio de luxo de Curitiba. No futebol, apresentou uma filosofia de unir a habilidade do futebol brasileiro à disciplina tática europeia, além de estabelecer treinamentos em dias dos jogos e rodízio de goleiros.

Menos de dois meses depois, Matthäus reclamou de salários atrasados, mas o clube negou. Tempo depois, o Rubro-Negro anunciou que o treinador se ausentaria do clube "por alguns dias para resolver assuntos pessoais na Alemanha". No mesmo mês, a diretoria acabou confirmando o desligamento de Matthäus do cargo. Foram oito jogos no comando do Furacão, com seis vitórias e dois empates, um aproveitamento de 83,33%.

Sete anos depois, em entrevista ao GloboEsporte.com, o alemão acabou reconhecendo ter tomado atitude errada quando deixou o Furacão sem dar adeus à torcida e pediu desculpas.

Matthäus e Seedorf fazem parte da galeria de técnicos em início de carreira ou pouco conhecidos que o Atlético-PR tem como característica apostar. Caso seja confirmado, Seedorf substitui o quase desconhecido Fabiano Soares, que chegou ao Atlético-PR depois de um período no Estoril, de Portugal.

A lista ainda conta com nomes lançados pelo Furacão, entre eles Milton Mendes, em 2015, que havia trabalhado em times de Portugal, Qatar e com um passagem apagada pelo Paraná. Depois de ficar por cinco meses no Atlético-PR, ele foi demitido, mas já teve outros trabalhos pelo Kashima Reysol, do Japão, e o Vasco, em 2017.

Anos antes, em 2005, Casemiro Mior foi apresentado para a torcida atleticana e para o Brasil depois de ter comandado o Nacional, da Ilha da Madeira. Em 2012 foi a vez de Ricardo Drubscky, que havia passado pelo Volta Redonda e Tupi-MG. Seu perfil professor foi o necessário para mantê-lo durante a campanha que fez o time retornar para a Série A. Depois de sair do Atlético-PR, chegou a treinar o Paraná e também o Fluminense.

O Furacão também aposta em gringos pouco conhecidos, mas que não apareciam no clube desde 2014, quando o espanhol Miguel Ángel Portugal comandou o time atleticano em apenas 13 jogos. No ano seguinte, o português Sérgio Vieirafoi técnico do sub-23 e trabalhou como interino do time principal após a demissão de Milton Mendes. Em 2012 o clube contratou o uruguaio Juan Ramón Carrasco, que esteve à frente do Atlético-PR em 36 partidas.

 

Fonte: https://globoesporte.globo.com 

Comentários