Rueda pede cautela com volta de Guerrero e garante foco no Fla: ''Ele quer jogar''
Camisa 9 não pegará o Vasco e ainda está no departamento médico. Sobre encontro com o antecessor Zé Ricardo, técnico não vê vantagem e aponta conhecimento ''bilateral''
Técnico Reinaldo Rueda tem desfalques importantes para enfrentar o Vasco, neste sábado, no Maracanã. O principal segue sendo Paolo Guerrero, que também não atuou nos últimos dois jogos. O treinador havia dito que a presença do jogador nos próximos compromissos - antes de se apresentar em sua seleção - era improvável e, desta vez, reforçou a vontade do camisa 9 de voltar o quanto antes.
Rueda disse que é necessário realizar uma transição correta após o tratamento da lesão. Reconheceu que Guerrero vive um momento importante e histórico no âmbito de sua seleção nacional, mas que é necessário não se precipitar. Nos últimos dias, a imprensa peruana chegou a publicar que o atleta estaria se poupando para a repescagem da Copa, algo negado pelo clube e pela assessoria do jogador.
- Ele quer jogar. Quer jogar logo. Quer provar como está seu nível para chegar bem na sua seleção para os jogos decisivos de classificação. No momento, ainda não foi liberado. E, depois, vem uma fase de transição. Não podemos precipitar. Não podemos perdê-lo. Primeiro para a gente e depois para a seleção do Peru. Que é seu grande sonho, uma seleção que há 35 anos não vai para a Copa. Ele é uma referência. Para a gente, queremos ele na plenitude. Primeiro para a gente, depois para a seleção - explicou Rueda.
Rueda disse que não há mistério sobre os jogadores que irão substituir os desfalques no clássico deste sábado. Segundo ele, a ideia deve ser parecida com a que esteve em campo na quarta, diante do Fluminense. Paquetá foi o substituto de Guerrero, enquanto Rhodolfo entrou no primeiro tempo na vaga de Réver. Márcio Araújo deve substituir o Cuéllar, que cumpre suspensão.
Rueda ainda irá analisar a situação de desgaste físico de alguns jogadores nas próximas horas para avaliar a necessidade de poupar ou não de olho no confronto do meio de semana, pela Sul-Americana.
O técnico do Flamengo também falou sobre o encontro com seu antecessor, Zé Ricardo. Ele reconhece que o atual treinador do Vasco carrega um conhecimento grande de sua equipe, mas acredita que não seja uma vantagem do oponente. Rueda reforça também o conhecimento do elenco sobre a metodologia de Zé.
- São situações que acontecem. Desta vez tem o agravante ou ênfase do tempo que o professor Zé Ricado passou no Flamengo. Mas aqui também são 25, 30 jogadores que o conhecem também. É bilateral o conhecimento do que pensa, do que quer, do que gosta. Assim como ele conhece jogadores que ajudou a formar, que chegaram ao Flamengo. Creio que é nas duas direções - analisou Rueda.
Mais tópicos da entrevista:
Priorizar a Sul-Americana?
Não tem nenhuma prioridade, faltam 8 jogos no Brasileiro e 5 na Sula, se a gente seguir o caminho. Acho que as duas competições estão muito similares, não tem prioridade. Estamos encarando os dois torneios com a mesma motivação, o mesmo desejo. Sabemos que os dois têm componentes de dificuldade altíssimos. Temos que encarar muito profissionalismo, intensidade e trabalhar duro para buscar cumprir nossos objetivos.
Quem vai substituir desfalques:
Não há mistério. No último jogo, contra o Fluminense, estiveram Paquetá e Rhodolfo. E agora vamos fazer um jogo que vai ser inclusive fora do regulamento. Entendo que há uma norma que não se pode jogar antes de 66 horas. E vamos ter 65 horas depois do jogo do Fluminense. Há jogadores que estão nesse processo de recuperação do ponto de vista fisiológico. Vamos esperar que tenhamos a melhor decisão. Mas creio que vai ser uma escalação parecida com a diante do Fluminense.
Poupar jogadores?
Tem que esperar. É situação de horas para poder tomar a decisão. Todos querem jogar, mas também temos que saber que tem o jogo de volta contra o Fluminense. Se pode cometer erros, sobretudo na minha decisão, não posso jogar contra o Fluminense sem antes enfrentar o Vasco. Tem que tomar precaução com alguns jogadores e reservar para quarta-feira. É uma decisão de horas para amanhã.
Sequência grande de clássicos desde que chegou ao Flamengo
Na Colômbia vivemos isso. Talvez com menos intensidade, menos rivalidade. Em Cali menos, em Medellin tem mais intensidade. São quatro equipes na mesma cidade. Muitas vezes por calendário, tem dois ou três seguidos.
Sobre poupar Juan
É questão de horas. Todos querem jogar. Fatores científicos são importantes no futebol. Ponto de vista médico. Mas muitas vezes tem jogadores especiais, com caráter especiais. Às vezes se correrem riscos, tem que ser assumido. Vamos trabalhar hoje essas situações e amanhã escalar o melhor time para esse jogo.
Fonte:https://globoesporte.globo.com