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Publicado em 26/01/2022

Australian Open proíbe camisas e faixa com pergunta "Onde está Peng Shuai?"

Sob comando da Tennis Australia, Grand Slam adota postura de proibir manifestações políticas

Por Redação do ge — Melbourne, Austrália

23/01/2022 09h10  Atualizado há 3 dias

Oficiais da Tennis Australia, federação que comanda o esporte no país, pediram a fãs que removessem camisas e uma faixa com a pergunta “Onde está Peng Shuai?”. Ainda assim, a entidade garante que segue preocupada com o bem-estar da tenista chinesa, que se tornou centro de um imbróglio internacional desde que acusou um alto funcionário chinês de agressão sexual em novembro do ano passado.

A Tennis Australia acredita que as camisas e o banner questionando o paradeiro de Peng Shuai levavam declarações políticas. Neste fim de semana, Drew Pavlou, um ativista australiano, postou um vídeo no qual seguranças abordam torcedores que vestiam a camisa.

Mok chegou a perguntar aos policiais o motivo da abordagem. Um policial foi chamado e disse que a Tennis Australia proibia manifestações políticas no local de competição.

- Não estou dizendo que você não pode ter essas opiniões, mas a Tennis Australia define as regras aqui - disse o policial.

Em contato com o jornal britânico “The Guardian”, a Tennis Australia confirmou.

- Sob nossas condições de entrada, não permitimos roupas, faixas ou sinais comerciais ou políticos.

A tenista chinesa Peng Shuai, ex-número um do mundo em duplas, concedeu entrevista ao jornal Lianhe Zaobao, de Cingapura, publicada neste em dezembro, em que afirma não ter feito qualquer acusação de violência sexual contra qualquer pessoa. A declaração, a primeira a um órgão de imprensa estrangeiro, acontece um mês e meio depois de um post em sua conta numa rede social chinesa, em que citava o nome do ex-vicê-premiê da China, Zhang Gaoli, e afirmava que ele a obrigara a ter uma relação.

O post ficou menos de 30 minutos publicado em sua rede. Não está claro se a atleta apagou ou se houve censura do governo chinês. Shuai tornou-se, desde então, personagem de disputas políticas e propaganda das grandes potências, China e Estados Unidos. Organizações de direitos humanos, como a Anistia Internacional, exigiram explicações do governo chinês sobre a acusação, mas não houve resposta oficial.

Fonte: https://ge.globo.com/

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