Câmara Municipal de Pinhais acumula escândalos na última década: vereadores cassados, suspeitas de rachadinhas e omissão do Conselho de Ética

Nos últimos dez anos, a Câmara Municipal de Pinhais tem sido palco de uma série de escândalos envolvendo parlamentares que deveriam zelar pelos interesses da população. A sucessão de casos de corrupção, denúncias de rachadinha, abuso de poder, nepotismo e uso indevido de recursos públicos tem manchado a imagem do Legislativo municipal.

Ao menos três vereadores foram cassados neste período, além de outros tantos que responderam a processos judiciais e administrativos por práticas ilícitas. Apesar disso, o Conselho de Ética da Câmara parece funcionar apenas no papel, sem cumprir seu dever de investigar e responsabilizar seus próprios membros. A omissão é evidente e alimenta um ambiente de corporativismo que protege parlamentares denunciados, blindando-os de qualquer sanção interna.

Diversas denúncias de rachadinhas — prática criminosa em que parte dos salários de assessores é desviada para os bolsos dos vereadores — vieram à tona, mas, na prática, nenhuma punição severa foi aplicada dentro do Legislativo. Processos são arquivados, sindicâncias internas não avançam, e a atuação do Conselho de Ética se limita a formalidades sem eficácia.

O sentimento de impunidade cresce entre a população, que acompanha, eleição após eleição, a perpetuação de práticas que envergonham a cidade de Pinhais. Enquanto isso, os problemas reais da comunidade ficam em segundo plano, sufocados por acordos de bastidor e a autoproteção de quem deveria fiscalizar e legislar para o bem coletivo.

A sociedade civil cobra transparência, atuação efetiva dos órgãos de controle e, principalmente, uma mudança de postura dentro da própria Câmara. É preciso romper com o ciclo de impunidade e garantir que a ética, a responsabilidade e o compromisso com o povo sejam, de fato, prioridades no Legislativo de Pinhais.

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